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Combates dificultam acesso aos destroços do avião

28 jul, 2014 • Hugo Monteiro

Os peritos da OSCE estão a ter dificuldades a chegar aos destroços do avião malaio para os analisar. A UE tenta, entretanto, entender-se quanto às sanções a impor a Moscovo.

Nos jornais desta manhã, as dificuldades que os observadores da OSCE estão a ter, na Ucrânia, para analisar o local onde caiu o avião das Linhas Aéreas da Malásia. O espanhol “El Pais” diz que os combates estão a impedir as investigações e que ontem, domingo, os elementos da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa tiveram de cancelar a visita ao local, tal como tinham previsto, devido aos combates entre os militares ucranianos e os separatistas pró-russos.

O português “Jornal de Negócios” escreve que a União Europeia chegou a um acordo preliminar sobre as sanções a aplicar à Rússia. As medidas aprovadas pelos Estados-membros deverão concentrar-se nos mercados de capitais e na restrição de venda de armas a Moscovo. Numa carta enviada às delegações dos 28 países da União, Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, escrevia que existe “um consenso emergente” entre os Estados membros para executar as sanções já a partir de amanhã, terça-feira.

O britânico “Telegraph” diz que a União Europeia finalmente mostrou-se dura com um “Vladimir Putin errático”. Diz o jornal que o Presidente russo é cada vez mais imprevisível e que, perante o actual quadro, a Europa resolveu subir um degrau nas sanções a aplicar a Moscovo.

Já o jornal “i” diz que as sanções à Rússia podem atrasar a recuperação da economia europeia. Os investidores estão-se a voltar para os Estados Unidos e a China, o que terá efeitos a curto prazo na economia global.

A mesma perspectiva no “Irish Independent”. Diz o jornal que é de prever que se sigam mais sanções a estas agora acordadas. E que se tal acontecer, crescerá o risco de ser interrompido o já de si frágil ciclo de recuperação económica da Europa.
 
Apesar desta perspectiva, os europeus estão mais confiantes sobre a situação económica. De acordo com o Eurobarómetro, mais de quatro em cada dez cidadãos europeus consideram que a sua voz conta na União Europeia. Já em relação à confiança depositada nas instituições nacionais e europeias, esta continua num nível baixo, diz o “Jornal de Negócios” que conta, ainda, que Chipre teve nota positiva na quinta avaliação da “troika”. Com Irlanda e Portugal fora do programa de ajustamento, a “troika” pode ter encontrado um novo “bom aluno”: desta vez, o Chipre.