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Reacções europeias a leste e Médio Oriente

24 jul, 2014 • Manuela Pires

A União Europeia reage a duas situações de guerra: uma na Faixa de Gaza, outra nas fronteiras da Ucrânia com a Rússia.

Esta manhã o “Israel Today” dá conta da satisfação do Governo de Benjamim Netanyau com a declaração que saiu de Bruxelas, da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros. Segundo o jornal, os chefes da diplomacia pediram ao Hamas e aos aliados terroristas para entregarem as armas.

O “El Pais” diz que a União Europeia mantém a proibição de realizar voos até Israel.

Noutro palco da diplomacia, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou uma resolução que condena a actual ofensiva militar de Israel em Gaza e anunciou a criação de uma comissão internacional para investigar "todas as violações" e julgar os responsáveis.

A Irlanda e outros Estados-membros da União Europeia abstiveram-se na votação. Segundo dá conta o “Irish Times”, alegam que a resolução não é o mecanismo mais eficiente para reagir aos acontecimentos. Consideram ainda que a criação de uma comissão de inquérito não é a mais adequada e vai prejudicar a investigação. Quanto aos Estados Unidos, foram o único país a votar contra esta resolução.

Para além da guerra na Faixa de Gaza, há ainda outro tema que domina as atenções: o conflito na Ucrânia.

A Euronews diz que a União Europeia deve apresentar esta quinta-feira a lista de novos visados por sanções e estuda medidas de maior impacto contra os interesses económicos da Rússia. Em declarações ao canal, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros diz que a União Europeia fala a uma só voz e que tem uma mensagem comum quando fala de pressão política coerente e de sanções. Pavlo Klimkin diz que a tragédia com o avião das linhas aéreas da Malásia no leste da Ucrânia “deve abrir um novo capítulo na relação da União Europeia com a Rússia”.

O chefe da diplomacia de Kiev considera que as instituições europeias “devem classificar como organizações terroristas os grupos de rebeldes pró-russos que atuam nas regiões de Donetsk e Lugansk”.

E neste conflito, o jornal “Economic Times” diz que a Rússia está a pressionar a Ucrânia para não assinar o acordo com a União Europeia. Moscovo avisa Kiev que pode fechar as fronteiras e recusar as exportações que chegam da Ucrânia. O mês passado, a Ucrânia assinou um acordo de associação com Bruxelas que abre as portas a Kiev para o grande mercado da União Europeia de 500 milhões de consumidores.

Sobre outro tema, o “El Pais” afirma que Espanha conseguiu criar empregos: no último ano, mais 192.400 empregos. Isto quer dizer que é a primeira vez, desde meados de 2008, que o mercado de trabalho em Espanha está a criar novos postos de trabalho.