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MNEs divididos quanto à pressão sobre Moscovo

22 jul, 2014 • Anabela Gois

Os chefes da diplomacia dos países da União Europeia têm visões diferentes sobre a pressão que UE deve exercer perante a Rússia.

No “Diário Económico” é notícia a reunião desta terça-feira dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia. Diz este diário que “os 28 continuam divididos sobre o nível de pressão à Rússia, e devem abster-se hoje de aprovar mais sanções a Moscovo”, na primeira reunião depois do atentado ao avião da Malaysia Airlines.

O “The Times” tem na primeira página um longo artigo sobre o assunto. Em particular, sobre os esforços do Reino Unido para convencer os parceiros europeus da necessidade de agravar as sanções a Moscovo. No âmbito desta estratégia, o primeiro-ministro britânico quer “envergonhar a França, um dos fornecedores de navios de guerra a Moscovo”.
 
O “Economic Times” adianta que a Lituânia está ao lado do Reino Unido, no grupo de países que defendem mais sanções para a Rússia depois da queda do avião. O ministro dos Negócios Estrangeiros lituano acusa Moscovo de fornecer armamento aos terroristas responsáveis pela morte das 298 pessoas a bordo do Boeing da Malásia.

O “Irish Times” diz que a reunião desta terça-feira em Bruxelas vai ser uma das mais observadas e escrutinadas de sempre. A pressão para que as sanções contra a Rússia sejam agravadas tem aumentado nos últimos dias. Os 28 vão discutir esta terça-feira a possibilidade de elevarem as sanções em vigor para a fase 3, ou seja, para a restrição a determinadas actividades económicas da Rússia. Isto depois da fase 2, que impôs o congelamento de bens e limites à circulação de pessoas.

O “The Guardian” cita a entrevista que o novo ministro britânico dos Negócios Estrangeiros deu à BBC a defender a saída do Reino Unido da União Europeia. Philip Hammond diz que “se tivesse de escolher agora, votaria pela saída”.

Na Reuters, ainda as declarações de Durão Barroso sobre a crise que afecta o Grupo Espírito Santo. O presidente da Comissão Europeia diz que a situação do grupo português não vai ter qualquer impacto no sistema bancário europeu. Barroso garante mesmo que não há qualquer preocupação nesse sentido. 

A imprensa sul-africana dá destaque ao acordo económico que vai ser assinado entre a África do Sul e os seus parceiros da SADC, com a União Europeia. Um acordo que, segundo a SABC News, vai permitir o acesso dos países signatários a mercados europeus. Eles vão poder vender 32 produtos, entre os quais, açúcar, fruta e vinho o que pode potenciar a criação de novos empregos.