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Europa começa a sair da crise, mas...

24 abr, 2014 • Anabela Góis

A imprensa europeia dá eco da recuperação que, aos poucos, a economia europeia vai sentindo. Em Portugal discute-se o modo como vamos sair do programa de ajuda externa. Em Espanha, números negros: a dívida disparou e tem 7 das 10 reuniões com mais desemprego na Europa. 

Começamos pelo alemão Die Welt, que diz que “aos poucos, a Europa está a recuperar”. Os países em crise estão “a sair do pântano da dívida”. Portugal conseguiu financiar-se com sucesso, numa altura em que os credores da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do FMI estão a fazer a ultima avaliação do programa de ajustamento.
 
A mesma notícia em destaque na BBC, que escreve que os novos números da Comissão Europeia mostram que há progressos nas contas dos países em crise. O défice baixou em toda a União Europeia: de 3,9% em 2012 para 3,3% no ano passado.

“Para os investidores, a questão do programa cautelar tornou-se menos importante”. É uma declaração do presidente do Tesouro Português, em destaque no Jornal de Negócios, a propósito da forma como o nosso país vai sair do programa imposto pelos credores europeus e pelo FMI.

Um tema que é, de resto, notícia nos vários jornais portugueses, na sequência da declaração do Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que ontem anunciou que a decisão sobre o pós-“troika” será anunciada antes de 5 de Maio.

No Especial Eleições Europeias do Diário Económico pode ler-se que “Bruxelas decide 75% da legislação portuguesa”.

Em Espanha, o El Correo diz que Madrid está a cumprir as metas impostas por Bruxelas, mas mantém um endividamento brutal: o défice fechou 2013 nos 6,6%, mas a dívida disparou vários milhares de milhões de euros.

Outra má notícia para o país vizinho: o El País escreve que 7 das 10 regiões da União Europeia com maior taxa de desemprego são espanholas. São dados do Eurostat, que indica que a lista é liderada por 4 regiões de Espanha.

O New York Times dá grande destaque ao relatório do grupo Transparência Internacional, que denuncia graves irregularidades no Governo da União Europeia… isto numa altura em que a confiança nas instituições de Bruxelas está no nível mais baixo de sempre.

Na edição online da revista Forbes, Robert D. Kaplan, conceituado especialista em Geopolítica e Assuntos Internacionais, escreve um longo artigo de opinião, onde desenvolve o título “Por que é que a União Europeia vai sobreviver”.

A Reuters fala da campanha de Jean Claude Junker para a presidência da Comissão Europeia. E diz que o candidato promete ouvir com atenção as preocupações do Reino Unido com o futuro da União.