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Ondas de choque da tensão na Ucrânia atingem a UE

16 abr, 2014

Os jornais também destacam hoje o castigo aplicado ao ex-primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi,  que François Hollande está a ser pressionado por Bruxelas e por Berlim para não vacilar nos compromissos orçamentais e de uma tentativa de proteccionismo europeu.

O jornal alemão Die Welt chama a capa um ex-líder europeu e ex-primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, colocando o título “Assistente Social”. É uma referência à notícia conhecida terça-feira de que Berlusconi foi condenado a trabalhar durante um ano num lar de idosos - um castigo alternativo à prisão, num caso de fraude fiscal.

Mas as atenções continuam viradas para a instável situação na Ucrânia, as ondas de choque atingem a União Europeia. Escreve o Die Welt que a Ucrânia coloca tropas no Leste do país, uma zona pró-russa.

No Reino Unido, o The Guardian retoma o tema europeu do momento: a Ucrânia. Explica o jornal que o país está à beira da ruptura, os militares abrem fogo contra os rebeldes, e Vladmir Putin denuncia que Kiev lançou tropas especiais contra grupos pró-russos.

Em França, Le Monde escreve que François Hollande está a ser pressionado por Bruxelas e por Berlim para não vacilar nos compromissos orçamentais. Bruxelas e o Governo alemão não dão margem a Paris para aliviar metas nas contas públicas.

O Liberation diz que o Partido Socialista francês não aceita uma meta de 3% no défice, uma meta que recorde-se é imposta a todos os países da Zona Euro.

Na Bélgica, o Le Soir chama a manchete uma tentativa de proteccionismo europeu: o Parlamento europeu quer impor uma política de “Made in Europa”.

O The Times dá conta daquilo que pode ser um abuso de fundos europeus. Os líderes do Ukip, partido da Independência do Reino Unido, são suspeitos de mau uso do fundos europeus e de donativos, a liderança foi questionada por elementos do partido.

Esses elementos incómodos foram expulsos do Ukip e outros silenciados, isto porque defendiam uma auditoria às contas do partido, nomeadamente para saber onde foi parar o dinheiro entregue por Bruxelas.

O Ukip é um partido eurocéptico e de extrema-direita.