30 mar, 2015 • Pedro Caeiro
A semana deveria começar hoje com uma deslocação de uma delegação de representantes da União Europeia a Kiev para uma demonstração de apoio institucional de Bruxelas ao Governo ucraniano, mas, por razões de saúde de Jean-Claude Juncker, todos os encontros em Kiev tiveram de ser adiados. O dia há-de ficar martcado, sobretudo, por uma série de manifestações organizadas por vários sindicatos que prometem complicar a vida na capital belga.
Em Nova Iorque, o Primeiro-ministro sueco Stefan Lofven aproveita a visita aos Estados Unidos para falar na abertura do Conselho Económico e Social das Nações Unidas.
Em Helsínquia, a Chanceler alemã Angela Merkel encontra-se com o Primeiro-ministro finlandês, Alexander Stubb e com o Presidente Sauli Niinisto para discutir a crise ucraniana, a economia na Zona Euro e a política de Defesa europeia.
Amanhã é o dia em que termina o prazo para o Irão e seis grandes potências chegarem a um acordo sobre as actividades nucleares iranianas em troca de um alívio das sanções internacionais. A haver acordo, será conhecido em detalhe até ao final de Junho. Para além de Federica Mogherini, os chefes da diplomacia de França, Alemanha e Reino Unido juntam-se em Lausanne, na Suíça, para conversar. Um esforço inédito em mais de uma década.
Incerta é a reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro para discutir a questão da Grécia. Atenas enviou para os parceiros uma lista, na semana, passada, com algumas das propostas de reformas a levar a cabo no país e que têm de ser aprovadas pelo Grupo de Bruxelas, ou seja, a ex-troika: FMI, Comissão Europeia e BCE. O tempo esgota-se para os gregos, o dinheiro também no dia 20 de Abril... e é preciso uma solução rápida. O Governo de Alexis Tsipras contava que houvesse um encontro do Eurogrupo já esta quarta-feira, mas fontes comunitárias avançaram já que o mais provável é que não haja qualquer reunião antes da Páscoa.
Durante o fim-de-semana houve conversações com os credores para que estes aceitem as reformas propostas e desbloqueiem o empréstimo, mas o Grupo de Bruxelas já deu a entender que o processo poderá demorar mais uns dias largos, até que haja uma lista concreta de medidas para manter a economia grega competitiva e as finanças públicas sustentáveis.
A lista de reformas foi enviada na sexta por Atenas e as medidas representam cortes na ordem dos 3 mil milhões de euros e devem excluir medidas recessivas, como cortes nas pensões e salários.