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Apoio ao desenvolvimento é um dos principais instrumentos europeus

29 ago, 2014 • Daniel Rosário

Com um orçamento anual de nove mil milhões de euros, a política europeia neste domínio abrange 141 países do mundo inteiro.

Apoio ao desenvolvimento é um dos principais instrumentos europeus
A ajuda ao desenvolvimento já não é o que era. O mundo mudou, os problemas e as necessidades também. O combate à pobreza continua a ser um desafio, mas a promoção da democracia, da paz e da segurança assumem um papel cada vez mais importante.

O apoio ao desenvolvimento é um dos principais instrumentos da política externa da União Europeia, cuja concretização está entregue à maior direcção-geral da Comissão Europeia, actualmente dirigida por Fernando Frutuoso de Melo.

Do outro lado do espectro está um país como a Guiné-Bissau. Onde apesar de todos os problemas que persistem a União Europeia está apostada em dar um voto de confiança às novas autoridades e retomar a cooperação suspensa pelos sucessivos golpes de Estado. O que faz deste país africano um bom exemplo da nova forma de abordar as políticas de desenvolvimento.

Com um orçamento anual de nove mil milhões de euros, a política europeia neste domínio abrange 141 países do mundo inteiro. E os desafios não se limitam apenas à evolução desses países, mas também ao aparecimento de outros actores neste palco internacional.

Sustentada pela economia de 28 países, entre os quais algumas das mais importantes economias mundiais, a União Europeia surge como o maior doador internacional em vários pontos do planeta. Esse trabalho é reconhecido globalmente e nos países intervencionados. E mesmo ao nível interno existe esse reconhecimento. Embora Frutuoso de Melo reconheça que mais podia ser feito na projecção desse trabalho, sobretudo numa altura em que muitos países questionam a utilidade da própria União Europeia.

Funcionário europeu desde 1987, Frutuoso de Melo conhece como poucos os meandros da máquina comunitária. E numa altura em os países começam a disputar a atribuição de pastas para os seus comissários, deixa uma reflexão ao Governo português.

Uma tese reforçada pelo facto de o comissário actualmente responsável pela política de desenvolvimento da União ser oriundo da Letónia, país sem qualquer tipo de tradição neste domínio.