04 jul, 2014 • Daniel Rosário com Francisco Sarsfield Cabral e Ricardo Conceição
Foi uma espécie de “primeiro dia de aulas” para centenas de deputados europeus, incluindo alguns portugueses. Nesta altura, os 21 eurodeputados portugueses ainda desfazem as malas e arrumam os seus papéis. O correspondente da Renascença em Bruxelas, Daniel Rosário, explica como estão a viver estes primeiros tempos e como vão ficar arrumados no que toca a grupos parlamentares.
Daniel Rosário explica, ainda, que Portugal perdeu um deputado em relação à anterior legislatura e quais as perspectivas quanto a cargos e comissões.
Nos dias que se seguiram às Eleições Europeias, muito se falou e escreveu sobre a subida da extrema-direita e dos eurocépticos, mas a verdade é que a extrema-direita não conseguiu criar um grupo parlamentar.
Por sua vez, Martin Schultz, que perdeu a corrida à presidência da Comissão Europeia para Juncker, fica como presidente do Parlamento Europeu por mais dois anos e meio. Uma decisão que acaba por funcionar como uma espécie de “compensação”, na opinião de Francisco Sarsfield Cabral, especialista da Renascença em Assuntos Europeus.
A estreia de Renzi
A grande “estrela” da semana acabou, curiosamente, por ser o primeiro-ministro italiano, que assume a presidência rotativa da União Europeia e que discursou no Parlamento Europeu.
Matteo Renzi surge como uma verdadeira estrela em ascensão. Promete bater o pé a Angela Merkel e diz ser preciso “recuperar a alma da Europa”. No programa desta sexta-feira, Daniel Rosário resume o discurso e ajuda a interpretar as palavras do italiano.
Renzi acabou por apoiar Juncker, que é do PPE, para a presidência da Comissão. Mas ainda falta dar dois passos importantes: Juncker tem que ser votado pelo Parlamento Europeu e os líderes dos 28 têm de se entender em relação aos lugares que ainda falta distribuir.