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Cardeal argentino quer mais mulheres a trabalhar no Vaticano

05 mar, 2013

Leonardo Sandri considera que têm também um papel crucial a desempenhar na formação de seminaristas.

O Cardeal Leonardo Sandri, natural da Argentina, defende que devia haver mais mulheres a desempenhar altos cargos no Vaticano.

Actualmente as mulheres apenas podem chegar a subsecretárias dos conselhos pontifícios e há apenas duas nessa função, uma freira e uma leiga, o que o Cardeal Sandri considera muito pouco.

“O papel das mulheres no mundo aumentou e isto é algo sobre o qual a Igreja se deve questionar”, afirmou, em entrevista à Reuters. “Elas devem ter um papel mais importante na vida da Igreja, para que possam contribuir para a vida eclesial em muitas áreas que agora, em parte, estão apenas abertas a homens. Este vai ser um desafio para nós no futuro”.

Leonardo Sandri é filho de imigrantes italianos na Argentina e trabalha há muitos anos no Vaticano. Foi colaborador próximo de João Paulo II e Bento XVI nomeou-o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, o cargo que desempenha actualmente.

O Cardeal, de 69 anos, diz ainda que as mulheres devem estar mais envolvidas na formação de seminaristas: “Devem também participar no diálogo e na análise da vida da Igreja e noutras áreas, até na formação dos padres, onde podem desempenhar um papel muito, muito importante”.

Leonardo Sandri não prevê, contudo, qualquer alteração na questão da ordenação de mulheres, um assunto que ficou fechado no pontificado de João Paulo II que declarou que a Igreja não tem autoridade para fazer uma reforma dessas.