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"Era bom que o próximo Papa fosse um homem mais novo"

19 fev, 2013 • Domingos Pinto

Novo Papa deve aliar a lucidez de Bento XVI à dimensão da comunicação e do afecto, defende D. Ildo Fortes.

A proveniência do novo Papa não interessa, diz o bispo da diocese do Mindelo, em Cabo Verde, para quem o sucessor de Bento XVI deve ser mais novo e um homem de “comunicação e afecto”.

“Fora da Europa ou dentro da Europa, é relativo, não é isso que é determinante para a Igreja, o mais importante é que se escolha um Papa que seja capaz de ser um grande guia”, afirma D. Ildo Fortes, em entrevista à Renascença.

O prelado elogia Bento XVI, que resigna no final do mês, considerando-o “um homem que sabia para onde ia e ajudou a Igreja a orientar-se no caminho da verdade”.

“Nós precisamos de pessoas destas, ao mesmo tempo alguém que possa aliar a esta lucidez de espírito também a dimensão da comunicação e do afecto”, defende.

“Creio que agora era bom que o próximo Papa fosse um homem mais novo, que possa ter precisamente aquilo que este agora diz Papa que não tem, que se sinta cheio de força e com capacidades para aceitar os grandes desafios da Igreja”, sublinha.

Nesta entrevista à Renascença, D. Ildo Fortes sublinha a humildade e a coerência do Papa ao sublinhar que já não tinha condições para governar a Igreja, mas foi uma resignação que o surpreendeu.

O bispo da diocese do Mindelo destaca alguns aspectos deste pontificado de Bento XVI, nomeadamente a de pôr a Igreja a dialogar com o mundo e o aprofundamento do debate entre a fé e a razão.