16 out, 2012 • José Pedro Frazão
Para João Galamba, o documento apresentado pelo Governo PSD/CDS “é uma bomba nuclear contra o país”. O equilíbrio das medidas é uma questão secundária face à “loucura que é este Orçamento”, sublinha.
Já na opinião de Tiago Caiado Guerreiro, o Orçamento é “fiscalmente justo”. “Há uma tributação de todas as pessoas, com rendimentos mais elevados até chega a ser quase confiscatória, a nível das empresas são criados escalões. As empresas com mais lucros e maior dimensão pagarão mais”, argumenta.
O fiscalista esperava mais cortes do lado da despesa e dá uma sugestão: “pensa-se que a nível dos hospitais podia-se cortar, com facilidade, 25% dos custos, relativamente aos hospitais que são melhor geridos”.
As reformas na economia também ficaram além das expectativas neste Orçamento, afirma Tiago Caiado Guerreiro, que alerta ainda que o Estado está a caminhar para o marxismo.
Na opinião de João Galamba, o Orçamento, além de “injusto”, é “impossível de concretizar” e tem um efeito “destruidor” da economia de que vai ser difícil de recuperar.
O economista e deputado socialista considera que as chamadas gorduras do Estado “são um mito e não existe”. Neste momento, sublinha, não se pode cortar a sério na despesa porque o grosso da despesa são prestações sociais, salários e pensões.