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Presidente do Novo Banco desvaloriza facto de dois funcionários serem arguidos no caso BES

28 nov, 2014

"Duas pessoas em seis mil [colaboradores] são 0,03%. Acha que me vou preocupar", afirma Stock da Cunha.

O presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha, desvaloriza o impacto na entidade do processo judicial que envolve dois directores do Novo Banco, que transitaram do BES, e foram constituídos arguidos após buscas conduzidas na quinta-feira.

"Duas pessoas em seis mil [colaboradores] são 0,03%. Acha que me vou preocupar", questionou Stock da Cunha, que falava aos jornalistas à margem de uma conferência em Lisboa, promovida pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), sobre o financiamento de pequenas e médias empresas (PME).

O gestor diz que a sua missão é trabalhar "para as mais de seis mil" pessoas do banco, para os depósitos dos clientes e para os créditos às PME.

"Estou preocupado com as milhares de empresas portuguesas a quem damos crédito, com os milhões de portugueses que nos confiam os seus depósitos e com os mais de seis mil colaboradores do banco", sublinhou.

"Todas as instituições têm problemas algumas vezes com os seus colaboradores", reconheceu contudo Stock da Cunha.

Dois directores do Novo Banco, que transitaram do BES, foram constituídos arguidos após as buscas de quinta-feira das autoridades no âmbito das investigações relacionadas com um processo-crime do universo Espírito Santo, confirmou à Lusa fonte próxima do processo.

"São dois directores, de um universo de 500 directores que trabalham no Novo Banco", revelou a referida fonte.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou que dois elementos que transitaram para o Novo Banco foram constituídos arguidos, após as buscas de quinta-feira no âmbito de investigações do processo-crime do universo Espírito Santo.