11 jul, 2014 • Fernando J. Regateiro
Em cada momento e em cada ocorrência, terá de haver um sentido para a vida: nas incertezas da própria vida e da saúde, numa economia assente em expectativas e residualmente em produto, no circo de uma política feita de palavras tonitruantes, mas ocas de sentido para o cidadão comum, no destilar de desgraças em que se compraz e se transformou alguma comunicação social, para alimentar a nossa queda patológica pelo “voyeurismo” e dele se servir, servindo-o, no futebol do nosso descontentamento que tão bem retrata o carácter dos povos (e no dos brasileiros, com a recente, inesperada e monumental derrota por 7-1, no jogo com a Alemanha), sim, terá de haver um sentido para a vida!
Por isso, terá de haver formas de contornar uma razão utilitarista e fugidia e de chegar à razão clara.
Que tal reler um filósofo de eleição que nos desperte para o essencial do viver humano?
Porque, apesar da aceleração do tempo do existir e da impúdica exploração dos sentidos e dos sentimentos que temos vindo a tolerar, continuamos humanos.
E, como tal, à procura de um sentido para a vida.