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Indignados

Manifestações marcadas para quase mil cidades

14 out, 2011

Várias as cidades portuguesas aderem. Em Lisboa, o protesto começa com um desfile entre o Marquês de Pombal e São Bento, sendo depois organizada uma assembleia popular em frente ao Parlamento.

Manifestações marcadas para quase mil cidades
Manifestantes vão sair à rua em quase mil cidades por todo o mundo, reclamando mudanças democráticas e contestando o poder financeiro. A organização portuguesa espera superar as 180 mil pessoas que saíram à rua a 1 de Outubro, no protesto convocado pela CGTP. As medidas de austeridade anunciadas por Passos Coelho podem levar mais pessoas à manifestação. Os protestos começam às 15 horas, em dez cidades: Angra do Heroísmo, Barcelos, Braga, Coimbra, Faro, Funchal, Lisboa, Porto, Santarém e Évora.
Quase um milhar de cidades - 951 cidades de 82 países - serão palco, amanhã, de manifestações e outras acções de protesto para reclamar uma mudança global democrática e contestar o poder financeiro.

No site "United for #globalchange" ("Unidos por uma mudança global"), é visível um mapa onde estão assinaladas as cidades que estão a aderir ao protesto mundial.

O número de adesões tem aumentado diariamente e são várias as cidades portuguesas no mapa do protesto: Angra do Heroísmo, Barcelos, Braga, Coimbra, Faro, Funchal, Lisboa, Porto, Santarém e Évora.

Na capital portuguesa, o protesto intitulado "15 de Outubro, a Democracia sai à rua!" começa com um desfile entre o Marquês de Pombal e São Bento, sendo depois organizada uma assembleia popular em frente ao Parlamento. A acção termina com a realização de uma vigília.

Wellington, Jacarta, Buenos Aires, São Paulo, Vancouver, Jerusalém, Cidade do México, Cairo, Rabat, Tóquio, Londres, Paris, Atenas, Berlim e Roma são algumas das cidades de outros países identificadas no mapa do protesto.

“Agora, chegou o momento de nos unirmos num protesto não violento à escala global", pode ler-se no manifesto divulgado no site, que apresenta versões em diversas línguas, incluindo o português. No texto, a iniciativa internacional critica os "poderes estabelecidos", defendendo o fim da actual situação política e social.

"Unidos em uma só voz, faremos saber aos políticos, e às elites financeiras que eles servem, que agora somos nós, o povo, que decidirá o nosso futuro. Não somos mercadorias nas mãos de políticos e banqueiros que não nos representam", reforça o manifesto.

Um dos alvos da jornada de protesto de amanhã serão os grandes centros financeiros mundiais, como Wall Street, a “City” - coração financeiro de Londres, ou o Banco Central Europeu, com sede na cidade alemã de Frankfurt.

Outros dos locais centrais do protesto será Bruxelas, sede da União Europeia (UE), onde são esperados vários milhares de "indignados" originários de Espanha, França, Holanda, Alemanha, Reino Unido, Suíça, entre outros países europeus.