Emissão Renascença | Ouvir Online

Hospital de Coimbra sem explicação para surto de gripe A

25 fev, 2013 • Dora Pires

Director-adjunto Arsénio Santos explica que o paciente que morreu no sábado tinha outras complicações que contribuíram para o agravamento da sua situação clínica.

Ainda há 14 pessoas internadas com gripe A no centro hospitalar de Coimbra, após a morte, no passado sábado, de um doente. Ouvido pela Renascença, Arsénio Santos, adjunto da direcção clínica, diz que não encontra qualquer razão particular para esta aparente concentração de casos graves de gripe na cidade.

“Não temos nenhuma razão para acreditar que haja alguma coisa de novo no espectro da gripe. Se calhar também é porque nós estamos todos mais sensibilizados, médicos, para pôr a hipótese do diagnóstico e confirmá-lo”, observa o médico.

“Neste momento há concentração de cuidados em Coimbra”, continua, que é referência para grande parte da região Centro, portanto por essa razão as situações mais graves também se concentram aqui”, aponta, sem no entanto ter explicação para este aparente surto na região.

Arsénio Santos explica ainda que o paciente com gripe A que acabou por falecer no passado sábado tinha outras complicações, que contribuíram para o agravamento da sua situação clínica.

“Estes quadros mais graves, o que verificamos é que são habitualmente em pessoas que têm outras patologias, outras doenças. Nesse caso foi isso que se passou. Era uma pessoa com problemas graves de saúde e acabou por falecer pela descompensação das outras doenças que tinha”, explica.

Não se perspectiva nenhuma evolução negativa para os restantes 14 doentes que estão internados, cinco dois quais nos cuidados intensivos, que além dos sintomas habituais, têm problemas respiratórios.

Os doentes estão diagnosticados com gripe A, uma das duas estirpes em circulação este Inverno. O vírus A H1N1 é o responsável pela pandemia de gripe de 2009, que desde então entrou na composição das vacinas, tal como acontece este ano.

Não há certeza quanto a um ou dois doentes, mas a maioria dos que estão internados em Coimbra não se vacinaram.