Fundo solidário diocesano de Viseu começa a “esvaziar”

O fundo solidário diocesano de Viseu não suporta tantos pedidos de ajuda. Fernando Borges, presidente da Cáritas diocesana, entidade que administra este apoio diocesano, diz que são precisos “reforços, porque está a esvaziar” e “os pedidos têm sido muitos”.

Um alerta para as necessidades reais dos carenciados, que são ajudados no pagamento de pequenas contas. “Esse rateio tem sido mais para o aumento de rendas, pagamento de água, de luz, de medicamentos. Não podemos ir além disso, se não esgota-se depressa e as pessoas não podem recorrer todos os meses ao fundo”.

Fernando Borges, que está à frente da Cáritas de Viseu há algumas décadas, dá conta que alguns mecenas poderão mesmo passar a utentes.

“Os mecenas também desapareceram, alguns se calhar até passarão a ser utentes e passarão a pedir alguma coisa”, sublinha Fernando Borges.

O responsável da Cáritas de Viseu diz estar muito preocupado “com a pobreza encoberta”. “Com o aumentar da crise, vai ser um ano terrível. Os índices de pobreza na nossa diocese são alarmantes”, confessa.

O fundo solidário diocesano de Viseu tem, neste momento, cerca de 25 mil euros. A Cáritas espera que o fundo seja reforçado a 3 de Março, no dia Nacional da Cáritas.