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Estado vende o que lhe restava na EDP

14 fev, 2013 • Paulo Ribeiro Pinto

Eléctrica passa a ser totalmente privada. Compradores devem ser investidores institucionais, ou seja, bancos, fundos de investimento e pensões, entre outros.

Acaba esta quinta-feira a participação do Estado na EDP. As acções que lhe restavam após a venda aos chineses da Three Gorges e que representavam 4,14% do capital social da empresa estão a ser vendidos.

O anúncio foi feito esta manhã, através de um comunicado da Parpública (que gere as participações do Estado), segundo o qual a venda vai ser feita a investidores institucionais, através de um processo de "accelerated bookbuilding" – que significa uma operação rápida e sem publicitação. Só decorre, de resto, durante o dia de hoje.

Mas quem são estes investidores institucionais? São os grandes investidores, como bancos, fundos de investimento e de pensões.

Os chineses da Three Gorges já referiram, por diversas vezes, que estavam interessados em adquirir as acções que permaneciam nas mãos do Estado. Se o fizerem, reforçam a posição como maior accionista da eléctrica.

A operação de venda que hoje decorre já estava prevista, tendo sido decidida no âmbito da sétima privatização da EDP, quando se fez a venda à empresa chinesa.

A eléctrica portuguesa passa, assim, a ser totalmente privada. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) suspendeu as acções da EDP pouco antes das oito da manhã.

Ainda hoje, devem ser conhecidos os termos finais da oferta.


[Actualizada às 10h30, com mais pormenores sobre a operação]