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Australiano aponta potencial cura para a SIDA

16 jan, 2013

O número de infectados com VIH a nível mundial subiu em 2011 para os 34 milhões, contra 33,5 milhões no ano anterior, de acordo com os últimos dados das Nações Unidas. 

Um cientista australiano disse ter descoberto como virar o vírus VIH contra si próprio para o impedir de progredir para a SIDA, o que considerou um importante avanço na descoberta de uma cura para a doença.

David Harrich, do Instituto de Investigação Médica de Queensland, disse ter modificado com sucesso uma proteína no VIH que o vírus precisa para se duplicar, transformando-a de modo a inibir o seu desenvolvimento. "Nunca vi nada assim. A proteína modificada funciona sempre", disse Harrich, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

O cientista assinalou que embora existam muitos obstáculos a afastar, se a investigação continuar no bom caminho poderá conduzir a "uma cura para a SIDA".

Harrich disse que a proteína modificada, que designou Nullbasic, mostrou uma "extraordinária" capacidade para impedir o crescimento do VIH em laboratório
e pode ter implicações estimulantes quer no combate à SIDA quer no tratamento de infectados com o VIH.

"O vírus poderá infectar uma célula, mas não se propagará", declarou o cientista no seu estudo, publicado na última edição da revista “Human Gene Therapy”.

O facto de uma única proteína poder ser tão eficaz poderia significar o fim de tratamentos muito caros por incluírem múltiplos medicamentos, representando melhor qualidade de vida e custos mais baixos para as pessoas e os governos, adiantou.

O número de infectados com VIH a nível mundial subiu em 2011 para os 34 milhões, contra 33,5 milhões no ano anterior, de acordo com os últimos dados das Nações Unidas.