Portugal e Brasil assinam acordo para aproximar cursos universitários

As universidades portuguesas e brasileiras assinaram um memorando de entendimento, que permite o reconhecimento dos graus académicos nos dois países. O documento, rubricado em Brasília, visa facilitar o acesso profissional de diplomados em Portugal e no Brasil.

“O memorando vai permitir a identificação de mecanismos de avaliação e de acreditação, ou seja, agilizar o reconhecimento, por parte de ambos os países, dos graus concedidos pelas instituições universitários. Este processo estava demorado e o que se fez foi criar um mecanismo que vai permitir agilizar esse reconhecimento”, explica o presidente do Conselho de Reitores, António Rendas, à agência Lusa.

O acordo deve estar em pleno funcionamento até ao final do ano e, numa fase inicial, vai abranger os licenciados em Engenharia e Arquitectura.

À Renascença, o bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Marias Ramos, mostra-se satisfeito, “até porque temos inscritos cá na Ordem 354 engenheiros brasileiros”.

“Não se entendia esta situação, tanto mais que o Brasil, em várias declarações políticas, tem dito que precisa de qualquer coisa como 100 mil engenheiros para cumprir o plano de acelerado crescimento. Da nossa parte houve sempre abertura total para que isso se concretizasse”, adianta.

Carlos Matias Ramos lembra que o processo podia demorar até dois anos, mas agora pode ser mais rápido para os dois países, até porque, se em Portugal há falta de trabalho, no Brasil também.

O memorando de entendimento foi assinado na terça-feira.