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“Morrem vinte mil crianças por ano. Não podemos ficar de braços cruzados”

04 mai, 2012 • Filipe d’Avillez

Cimeira Global Pró-vida junta dezenas de activistas de vários países em Lisboa, em busca de estratégias comuns para promover a vida desde a concepção até à morte natural.

“Morrem vinte mil crianças por ano. Não podemos ficar de braços cruzados”
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Começa esta sexta-feira em Lisboa uma Cimeira Global Pró-vida, que vai reunir representantes de cerca de uma dezena de países. Rodrigo Faria de Castro, do Movimento Referendo Pró-vida, explica qual é o objectivo dos participantes.
 
“Vêm pessoas de vários países, incluindo Estados Unidos, México, República Dominicana, Hungria, Roménia, Irlanda, Polónia, Portugal e Colômbia. Vão-se juntar este fim-de-semana em Lisboa e fazer uma iniciativa global de defesa da vida, como se fez há 200 anos no combate à escravatura, para que a defesa da vida desde o momento da concepção fique assente legal e constitucionalmente.”

O objectivo do movimento Referendo Pró-vida é a convocação popular de um referendo que promova a defesa da vida desde a concepção até à morte natural. Alguns críticos dizem que não é a altura certa para colocar a questão e duvidam das reais possibilidades de se conseguir fazer mesmo o referendo. Mesmo que isso aconteça, a probabilidade de se perder o referendo poderá até ser contraproducente, alega-se. Rodrigo Faria de Castro contrapõe e diz que não se pode ficar de braços cruzados.
 
“Quem poderá dizer qual é o tempo certo? Estão a morrer 20 mil crianças por ano pelo aborto. Quantas mais morrerem, quanto mais o aborto estiver presente no nosso país, mais a consciência das pessoas ficará conformada com este assunto”, afirma Rodrigo Faria de Castro.

“Ninguém pode dizer que é boa altura ou que será daqui a um ano, dois ou 10. Se não conseguirmos ganhar este referendo, tentamos mais tarde outra vez. Não podemos é ficar de braços cruzados a ver 20 mil crianças por ano a morrer”, considera este militante.

Ainda esta quinta-feira surgiram novos dados, que apontam que o aborto legal aumentou em Portugal, provavelmente por causa da crise. A todas as pessoas que se encontram numa situação economicamente difícil, Rodrigo Faria de Castro deixa um conselho: só o amor pode vencer a crise e o aborto só traz mais desgraça.

“Quem estiver numa situação complicada, agora por causa da crise, saiba que há associações que podem apoiar, sejam religiosas sejam civis. Nós dedicamos a vida para ajudar essas pessoas e entregamos a vida por causa disso. Só com amor é que se combate a crise. Não é que a questão financeira não seja importante, mas o aborto traz ainda mais desgraça”, afirma.

A cimeira Global Pró-vida realiza-se a partir desta sexta-feira, em Lisboa, e termina esta sábado. Participam vários oradores de pelo menos nove movimentos diferentes, representando outros tantos países.