O presidente da Confederação Empresarial de Portugal - CIP, António Saraiva, lamenta que o ministro da Economia tenha aproveitado um programa televisivo para anunciar um plano de apoio a desempregados que "ainda não apresentou em sede própria: a concertação social". António Saraiva classifica as medidas adiantadas pelo minitro Álvaro Santos Pereira como "isoladas" e "desgarradas".
“Lamentamos que o senhor ministro aproveite um programa televisivo para vir anunciar uma coisa que em concertação social ainda não tinha feito e é aí a sede própria para se apresentarem medidas e para as mesmas serem discutidas”, sustenta António Saraiva. O presidente da CIP considera fundamental um amplo acordo para a competitividade e emprego, que deve ser alcançado com os parceiros.
“Todas as medidas que visam o combate ao desemprego são de aplaudir”, diz à
Renascença, mas as anunciadas “são isoladas, desgarradas”, critica ainda António Saraiva.
O
Governo vai lançar um programa para apoiar 35 mil desempregados. Para isso, vai disponibilizar 100 milhões de euros às empresas que contratem pessoas desempregadas há mais de seis meses. O objectivo é que os desempregados recebam formação e ao final mês ganhem 420 euros.
A
Renascença pediu esta manhã esclarecimentos adicionais ao Ministério da Economia sobre a medida. Está por perceber, por exemplo, se os desempregados perdem o direito ao subsídio de desemprego ou o que acontece caso regressem ao desemprego, uma vez concluído o período de formação. O Ministério remete as explicações para mais tarde.