Emissão Renascença | Ouvir Online

Sócrates proibido de contactar “diversas entidades” e pessoas

04 set, 2015 • Eunice Lourenço e Susana Madureira Martins

Antigo primeiro-ministro não foi ouvido na revisão da pena e saiu de Évora porque “diminuiu o perigo de perturbação do inquérito”.

Sócrates proibido de contactar “diversas entidades” e pessoas

José Sócrates está proibido de contactar não só os restantes arguidos da Operação Marquês, mas com “diversas entidades e pessoas singulares”. É o que se lê no comunicado do juiz presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa que dá conta da revisão da medida de coacção do ex-primeiro-ministro.

Desse comunicado e do comunicado da Procuradoria geral da República resulta que Sócrates fica em prisão domiciliária porque diminui o perigo de perturbação do inquérito e que o Ministério Público já recolheu provas suficientes para conseguir uma consolidação dos indícios de crime.
 
É o que se lê no comunicado da procuradoria Geral da República, onde também se fica a saber que neste período foram ouvidas cerca de dez pessoas e realizadas mais de 30 diligências de buscas.

Já no comunicado da juiz presidente do tribunal judicial da comarca de Lisboa fica claro que o Ministério Público desta vez propôs a obrigação de permanência de José Sócrates na residência, mas já sem propor a fiscalização electrónica. Como a prisão domiciliária  com pulseira electrónica é a única medida de coração que ao arguido pode rejeitar, desta vez foi considerado desnecessário ouvir José Sócrates.

José Sócrates fica, então, obrigado a permanecer na habitação, proibido de ter contacto directo ou indirecto com os outros arguidos do processo, mas não só. Segundo se lê no comunicado da juiz Amélia de Almeida, estão proibidos os contactos com “diversas entidades e pessoas singulares”.

A fiscalização de todas estas medidas, segundo este mesmo comunicado, está a cargo das autoridades policiais.