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Governo avalia condições para novo fornecedor da BCG

31 ago, 2015

A única vacina autorizada na maioria dos países europeus é produzida por um laboratório da Dinamarca, mas, nos últimos anos, o fornecimento tem sofrido interrupções de duração variável.

O Governo está a verificar se há condições, em termos de qualidade, de um possível fornecedor asiático da vacina contra a tuberculose (BCG).

O fornecimento da vacina está indisponível nos hospitais e centros de saúde desde maio, sendo que o Governo está a avaliar "as condições, em termos de qualidade", de um segundo fornecedor, este asiático, depois de se ter verificado um problema de produção da vacina no único laboratório que fabrica para a Europa, referiu o ministro Paulo Macedo, em Coimbra.

Segundo o governante, a situação está "dependente do fornecedor".

O Ministério da Saúde também está a estudar a possibilidade de retirar a BCG do Plano Nacional de Vacinação, mas a decisão não está relacionada com os problemas no abastecimento.

De acordo com Paulo Macedo, vários países da União Europeia já retiraram a BCG dos seus planos de vacinação. A decisão de Portugal não deverá ser tomada antes de Agosto do próximo ano. Até lá, sublinha o ministro, o Estado quer comprar a vacina contra a tuberculose e está a procurar um fornecedor alternativo.

A única vacina BCG que está autorizada em Portugal, e na maioria dos países europeus, é produzida por um laboratório público da Dinamarca, mas, nos últimos anos, o fornecimento da vacina tem sofrido interrupções de duração variável.

"Não há qualquer dado" nem as crianças estão a ser "prejudicadas por não serem vacinadas neste período de tempo", garantiu Paulo Macedo, que falava aos jornalistas à margem de uma visita ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

No Hospital Pediátrico, o ministro assistiu à inauguração da "smart classroom". A sala, que resulta de uma parceria entre a Samsung e o CHUC, vai permitir dar resposta à garantia de continuidade do processo de ensino das crianças em idade escolar que estão internadas no Pediátrico de Coimbra.

O espaço, equipado com tablets e um ecrã, permite aproximar o doente do ensino, através da participação remota nas actividades escolares, com recurso a tecnologias de informação.

[notícia actualizada às 21h38]