30 ago, 2015 • João Carlos Malta
O primeiro-ministro disse este domingo, em Castelo de Vide, no discurso de encerramento da Universidade de Verão, que as empresas não podem ser “dos amigos” e os financiamentos “não podem ser para os amigos”. E que as más empresas têm de mudar de mãos.
“Não podemos financiar as empresas só porque temos lá gente conhecida…. porque andaram connosco nos liceus”, disse Pedro Passos Coelho referindo-se ao contraponto que diz que o governo que lidera trouxe em comparação com o executivo socialista que liderou Portugal antes de 2011.
O líder da coligação que se vai candidatar às eleições de Outubro referiu ainda que não se podem “financiar más empresas”. E que se estas não mudarem de rumo “há que mudar quem as dirige”.
Durante um longo discurso, o líder do PSD referiu ainda que o modelo económico português mudou e deixou de estar sedimentado em sectores como a construção e o imobiliário. Passos disse que não pode esquecer os muitos que estão empregados nestas áreas de actividade mas deixou um aviso.
“Devemos dar oportunidade a todos os que quiserem mudar, mas não chegámos aqui para voltar ao que havia antes”, sintetizou.
Disse mais uma vez que não acreditar noutro modelo além do que é executado pelo Governo. Defendeu as alternativas são um “conto de crianças”. O primeiro-ministro afirmou ainda que o “sistema financeiro é crucial para que as sociedades possam crescer” e que sem o qual as sociedades estaganam.
Passos Coelho argumentou ainda que agora o País tem “um regime com mais liberdade política e financeira”.
As reformas estruturais, defendeu, não foram apenas para “salvar o País da bancarrota”, mas criar as condições para nos “livrar de 40 anos de interesses e de privilégios”.
Durante a palestra aos jovens da JSD, Passos disse que o combate às desigualdades será uma das bandeiras da coligação no futuro. Num balanço sobre os quatro anos de governação, Passos desabafou: “Foi difícil mas valeu a pena.”