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Obama revela plano ecológico “antes que seja tarde demais”

04 ago, 2015

O presidente americano considera que as alterações climáticas são a maior ameaça que o país enfrenta actualmente.

Obama revela plano ecológico “antes que seja tarde demais”
Barack Obama anunciou esta segunda-feira o seu plano de energias limpas para combater as alterações climáticas.

A estratégia inclui uma redução das emissões de dióxido de carbono nas centrais energéticas americanas para 32% até 2030 em comparação com os níveis de 2005.

Para o Presidente Norte-americano é necessário agir urgentemente para proteger as gerações futuras.

“As alterações climáticas não são apenas sobre o futuro que estamos a preparar para os nossos filhos ou netos, são sobre a realidade do que estamos a viver todos os dias.”

“O Pentágono diz que as mudanças climáticas apresentam riscos imediatos para a nossa segurança nacional. Como um dos Governadores americanos uma vez disse, ‘nós somos a primeira geração a sentir o impacto das mudanças climáticas, e a última a poder fazer alguma coisa sobre isso’. É por isto que eu comprometo os Estados Unidos a conduzir o mundo neste desafio, porque eu acredito que existe uma coisa chamada ‘chegar tarde de mais’”, disse ainda o Presidente.

Obama referiu ainda o facto de 2014 ter sido o ano mais quente alguma vez registado no planeta.

“Durante os últimos seis anos e meio enfrentámos alguns dos maiores desafios de todos os tempos. Desde a reconstrução da nossa economia depois de uma recessão devastadora, ao fim das nossas guerras no Iraque e no Afeganistão, trazendo as nossas tropas para casa e até reforçando a nossa segurança através de uma diplomacia dura e com princípios. Mas estou convencido que nenhum desafio apresenta maior ameaça para o nosso futuro e das nossas gerações do que as mudanças climáticas.”

“Os níveis de dióxido de carbono que aquecem a nossa atmosfera estão mais elevados do que alguma vez estiveram nos últimos oitocentos mil anos. 2014 foi o ano mais quente do planeta até agora registado. E nós temos estabelecido muitos recordes em termos de anos quentes na última década. Um ano não faz uma tendência, mas 14 dos 15 anos mais quentes registados apareceram nos primeiros 15 anos deste século”, insistiu.

Face a este plano, João Branco, Presidente da direcção nacional da Quercus, revela-se optimista em relação aos resultados da Conferencia Climática de Paris, marcada para Dezembro deste ano, que procura um acordo climático global.

“Estou optimista, vamos ver o que vai dar. Não é a primeira vez que se estabelecem metas e estas não são cumpridas. Se houver vontade política dos EUA pode ser possível”, diz o ambientalista português.