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Greve na Groundforce. Administração e sindicato divergem sobre efeitos nos aeroportos

31 jul, 2015

Paralisação prolonga-se até às 14h00 e visa protestar contra a forma como são feitos os horários e contra o congelamento de salários desde 2007.

Greve na Groundforce. Administração e sindicato divergem sobre efeitos nos aeroportos

A administração da Groundforce não prevê constrangimentos devido à greve marcada para esta sexta-feira, em Lisboa, durante o turno da manhã nos aeroportos. Mas, o sindicato garante que a paralisação vai afectar funcionamento dos terminais.

A greve dos trabalhadores afectos ao SITAVA - Sindicato dos Trabalhadores da Avião e Aeroportos prolonga-se até às 14h00 e visa protestar contra a forma como são feitos os horários e ainda contra o congelamento de salários desde 2007.

Sofia Ferreira, da área de comunicação da Groundforce Portugal, afirma que, apesar de ser uma altura de forte movimento, não estão previstos constrangimentos decorrentes da paralisação.

“Trata-se de uma época muito movimentada com um pico operacional muito intenso, mas, relativamente à greve, não são esperados constrangimentos nem perturbações face ao movimento espectável para um fim de Julho, princípio de Agosto, no qual as pessoas partem para as suas férias e intensificam muito a operação nos aeroportos nacionais.”

“Não são esperadas perturbações face ao funcionamento normal da operação da Groundforce”, assegura.

O sindicalista Fernando Henriques, do SITAVA, discorda e garante que o protesto terá visibilidade sobretudo no terminal de bagagens, na placa e no terminal de passageiros.

“Num dia normal de trabalho, em que um trabalhador faz diferença, no dia em que há um período de greve, ainda que parcial, só no turno da manhã, pela avaliação que temos feito nos últimos dias, terá uma adesão de centenas de trabalhadores, dizer-se que não terá efeitos é ridículo, no mínimo”, critica.

“Terminal de bagagens, a placa do aeroporto junto ao carregamento dos aviões e a área de passageiros são os mais directamente afectados”, diz.

Designada como a “Marcha dos Recibos”, a iniciativa insere-se num protesto dos trabalhadores dos serviços portugueses de “handling” e visa denunciar a alegada utilização abusiva de troca de horários.