31 jul, 2015
O Syriza, o movimento que lidera a coligação governamental na Grécia, vai realizar um congresso extraordinário em Setembro.
A reunião magna do Syriza, que tinha sido pedida pelo primeiro-ministro e líder do partido, Alexis Tsipras, foi aprovada esta quinta-feira à noite pelo comité central.
Numa reunião que juntou cerca de 200 elementos do movimento de esquerda num cinema de Atenas, Tsipras voltou a defender que o novo pedido de resgate, apesar de impor mais austeridade, foi o melhor negócio possível para a Grécia.
A ideia de propor a realização de um congresso extraordinário surgiu na sequência das divisões que as condições do programa com os credores provocaram no seio do Syriza, com vários deputados a votarem contra as medidas no Parlamento.
O Syriza é constituído por vários pequenos partidos e movimentos. A ala mais radical defende que foram violados os princípios do Syriza com o acordo alcançado em Bruxelas, que abre portas ao terceiro resgate. Esta corrente entende ainda que acabou por ser pervertida a vitória do “não” no referendo ao acordo com os credores internacionais.
O FMI foi aconselhado a ficar fora do terceiro resgate à Grécia. De acordo com o jornal britânico “Financial Times”, o conselho de administração do Fundo reuniu-se quarta-feira e decidiu que Atenas não cumpre todos os critérios para acesso ao um novo programa de financiamento.
Em causa estão os elevados níveis de dívida pública e a fraca capacidade do governo grego para implementar as reformas pretendidas.