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Mais de 1.700 viaturas apreendidas e 30 arguidos na "Operação Medusa"

06 jul, 2015

GNR fala de um caso com "um impacto social grande em muitas famílias". Em causa um "esquema fraudulento de insolvência de empresas".

A GNR elevou para 1.730 o número de viaturas apreendidas na "Operação Medusa", na semana passada, durante a qual apreendeu também armas, dinheiro e material informático usado num "esquema fraudulento de insolvência de empresas".

A operação resultou em 30 arguidos, homens e mulheres, que se encontram com Termo de Identidade e Residência (TIR), mas houve igualmente empresas que foram constituídas arguidas, revelaram os oficiais que apresentaram, esta segunda-feira, os resultados de um processo ainda em investigação.

Segundo a GNR, havia uma acção concertada por parte de grupos organizados para provocar a delapidação do património das empresas e a sua insolvência, usando "um testa de ferro" que por vezes actuava com a conivência dos responsáveis das entidades investigadas.

No domingo passado, a GNR anunciou a apreensão de milhares de documentos e mais de 1.400 viaturas, um número que agora actualizou para 1.730, entre ligeiros e pesados, devido à chegada de novos dados.

Como o processo de investigação continua a decorrer não foram fornecidos mais detalhes de um caso que incide na investigação da aquisição e comercialização de automóveis.

Foi apenas adiantado que há bancos lesados, além de outros credores. De acordo com a GNR, o caso tem "um impacto social grande em muitas famílias".

Investigadas 91 empresas
Foram investigadas 91 empresas e apreendido um valor estimado em 44 milhões de euros, em que se incluem quantias em diferentes moedas: dólares, euros e francos.

Os arguidos são suspeitos de "associação criminosa, abuso de confiança qualificada, frustração de créditos, burla tributária, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação de documentos".

A "Operação Medusa" envolveu diligências nos distritos de Lisboa, Santarém, Setúbal e Faro, para investigar matérias relacionadas com a aquisição e comercialização de veículos automóveis, envolvendo um grupo de cerca de 30 pessoas singulares e de 70 pessoas colectivas que, desde 2013, desenvolviam a actividade de compra e venda de viaturas penhoradas, de veículos com pedidos de apreensão activos ou fazendo parte de massa insolvente de sociedades terceiras.