Emissão Renascença | Ouvir Online

“Nós, Cidadãos!” já é um partido

25 jun, 2015

Com a aceitação deste movimento passam a estar inscritos 22 partidos políticos no Tribunal Constitucional.

Um dos fundadores do partido “Nós, Cidadãos!”, Pedro Quartin Graça, congratulou-se com a aprovação dos respectivos estatutos pelo Tribunal Constitucional (TC), indicando que a formação "pugnará pela existência de uma nova forma de fazer política em Portugal".

"Regozijamo-nos por esta aprovação, naturalmente, e entendemos que o surgimento do Nós, Cidadãos! é uma lufada de ar fresco no actual quadro político-partidário português, porque é um partido que se afirma desde logo como alternativo, que vai oferecer soluções alternativas aos portugueses, oferecer uma nova possibilidade de voto", disse Quartin Graça à Lusa.

"Todas aquelas pessoas que não encontram nos actuais partidos políticos opções válidas - ou porque estão descontentes com aquilo que tem sido o funcionamento dos partidos, ou por outra razão - podem, agora, encontrar no Nós, Cidadãos! uma alternativa de voto já nas próximas eleições legislativas, em Outubro", indicou.

Pedro Quartin Graça, ex-deputado social-democrata e ex-presidente do MPT - Partido da Terra, sublinhou que a nova alternativa, que terá como sigla NC e um símbolo amarelo e negro, assenta "numa nova equipa e num conteúdo programático novo também" que os fundadores do partido pensam que "irá ao encontro dos anseios de um grupo muito alargado de portugueses".

O NC está a concluir a discussão que tem vindo a fazer, nos últimos meses, do seu programa político, cujas linhas mestras serão apresentadas na próxima segunda-feira, 29 de Junho, num Encontro Cidadão que se realizará no Teatro do Bairro, em Lisboa.

Em acórdãos de 23 de Junho, hoje divulgados, o TC aceitou a inscrição do "Nós, Cidadãos!" e deu 10 dias ao Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) para reformular o seu projecto de estatutos, que considerou ilegal.

Contactado pela Lusa, um dos fundadores do PURP, António Mateus Dias, disse ter-se tratado de um lapso que já foi corrigido e que a nova foi entretanto enviada ao TC para aprovação.

A ilegalidade apontada pelos juízes do Palácio Ratton prendia-se com o facto de o projecto de estatutos prever que os membros do Conselho de Jurisdição integrassem também o Conselho Nacional, um órgão de direcção política.

António Mateus Dias explicou que "uma das alíneas, por lapso, foi parar ao outro órgão, portanto, estava repetida a composição".

"Foi só retirar essa alínea que estava a mais -- e já corrigimos isso, hoje", precisou.

Com a aceitação do NC como partido, passam a estar inscritos 22 partidos políticos no Tribunal Constitucional.