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Conselho de Cavaco aos portugueses: “Erguer a cabeça e seguir em frente”

09 jun, 2015

Presidente da República falou em Lamego, cidade que este ano acolhe as comemorações oficiais do 10 de Junho.

Conselho de Cavaco aos portugueses: “Erguer a cabeça e seguir em frente”

O Presidente da República aconselhou esta terça-feira os portugueses a ultrapassar as dificuldades, erguer a cabeça e seguir em frente, sublinhando que cada pessoa tem responsabilidade na construção do futuro.

"A experiência destas terras do interior é uma lição para o país: temos de ultrapassar as dificuldades, de erguer a cabeça e de seguir em frente", afirmou Aníbal Cavaco Silva, na sessão solene de boas vindas na Câmara de Lamego, por ocasião das comemorações oficias do 10 de Junho.
 
Ressalvando que "nem tudo depende de nós", Cavaco Silva sustentou que a cada um "cabe uma quota parte de responsabilidade" pela construção do futuro colectivo.

"Inspirados pelo exemplo de tenacidade, de perseverança e de lealdade do bispo D. Miguel de Portugal, temos a obrigação de fazer tudo o que está ao nosso alcance para sermos bem sucedidos", referiu, lembrando a dedicação à "causa da pátria" do bispo de Lamego escolhido pelo rei D. João IV para confirmar junto do papa a legitimidade da restauração da independência.

"Nestes dias de comemorações, além de exaltar as glórias do nosso passado, devemos romper caminho para as novas gerações de portugueses. Um caminho de ambição e de confiança neste projecto comum que é Portugal", acrescentou.

Na sua intervenção, o Presidente da República voltou ainda ao tema da interioridade, apelando aos autarcas do país para trabalharem em rede e a nível regional.

"Não podemos anular as diferenças inerentes à geografia. Mas devemos reconhecer os progressos alcançados no caminho que foi percorrido nos últimos 30 anos para vencer a interioridade", disse.

“Sem pessoas, não há produção económica”
A sessão decorreu nos Paços do Concelho onde o presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, alertou para os problemas da natalidade nesta região e no resto do país.

“O país precisa de políticas que sustenham a redução da natalidade, o fluxo migratório negativo e o envelhecimento da população. Sem pessoas não há produção económica ou cultural, não há consumo que dinamize os mercados, não há representatividade ou capacidade de reivindicação políticas, não há criatividade e inovação que assegurem o futuro”, afirmou.