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Queda do desemprego. Portas fala em "dia de esperança" e critica "aves agoirentas"

02 jun, 2015

Taxa caiu 0,2 pontos percentuais entre Março e Abril deste ano, para os 13%. Estimativa do INE aponta população 667,8 mil pessoas desempregadas.

Queda do desemprego. Portas fala em "dia de esperança" e critica "aves agoirentas"
"Hoje é um dia com esperança". A frase é do vice-primeiro-ministro para qualificar os números do desemprego, que segundo Paulo Portas confirmam uma trajectória positiva e "de descida pronunciada", criticando as "aves agoirentas que tentam puxar o país para baixo".

"Hoje é um dia com esperança, saíram os últimos números do desemprego que eu acho que são reveladores de uma trajectória positiva. O último número que era conhecido era 13,5%, o número que foi conhecido este mês era 13%", afirmou Paulo Portas, à margem da cerimónia de apresentação da Missão Continente, que decorreu esta terça-feira em Lisboa.

O governante frisou que, "mesmo com qualquer rectificação estatística", "a descida é pronunciada" e que, face há um ano, significa menos 90 mil pessoas no desemprego e, ao início de 2015, representa menos 36 mil pessoas.

Destacou ainda que, em Abril, a economia portuguesa gerou sobretudo oportunidades de emprego para jovens e mulheres.

"Considero que este dia é particularmente importante, porque há um conjunto de aves agoirentas que estão sempre a puxar o país para baixo. Todos soubemos, todos sabemos que Portugal viveu uma bancarrota, foi entregue às mãos dos credores, teve uma recessão duríssima, mas os portugueses conseguiram felizmente superar isso", afirmou.

Foi "com satisfação, mas com sensibilidade", que Paulo Portas falou dos dados do desemprego divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), deixando uma palavra àqueles que ainda estão desempregados.

"A trajectória está certa e já houve muita gente a conseguir uma oportunidade. Para aqueles 13% que ainda estão no desemprego, este indicador macro ainda não chegou a suas casas, mas o facto de a economia portuguesa estar a gerar emprego mês após mês é um factor de esperança e de que temos de fazer mais e vamos fazer mais", disse.

Lembrou, a este propósito, que Portugal "chegou a ter o desemprego, depois da bancarrota e da recessão, em 18%, depois desceu para 17%, depois para 16%, depois para 15%, depois para 14% e agora para 13%".

A taxa de desemprego em Abril recuou 0,2 pontos percentuais (p. p.) face a Março, para 13,0%, segundo a estimativa mensal divulgada pelo INE. Segundo o INE , a estimativa provisória da população desempregada para Abril é de 667,8 mil pessoas, o que representa um decréscimo de 1,6% face ao valor definitivo obtido para Março (menos 10,7 mil pessoas).