Emissão Renascença | Ouvir Online

António Costa: continuar com PSD/CDS é “prolongar a incerteza no dia-a-dia”

24 mai, 2015

Líder socialista comentava hipótese de corte de pensões colocada pela ministra das Finanças. Já Ferro Rodrigues recusa qualquer acordo com a oposição para mais cortes.

António Costa: continuar com PSD/CDS é “prolongar a incerteza no dia-a-dia”

António Costa diz que o Governo promete mais do mesmo, comentando as declarações da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que admitiu no sábado o corte nas pensões para garantir a sustentabilidade da Segurança Social.

Este domingo, em Lisboa, à entrada para a Comissão Nacional do PS, o líder socialista considerou que as alternativas em causa nas eleições legislativas são cada vez mais claras, com a coligação PSD/CDS a querer cortar nas pensões em pagamento, prolongando a incerteza quotidiana dos portugueses.

"Felizmente para os portugueses, hoje a escolha é muito clara: com a continuação da coligação de direita, podem ter por certo novos cortes e o prolongar da sua incerteza no dia-a-dia”, afirmou.

“O PS trabalha como muito rigor na construção de uma alternativa de confiança que recusa liminarmente qualquer corte nas pensões em pagamento e que visa garantir a sustentabilidade futura da Segurança Social diversificando as fontes de financiamento", sustentou o líder socialista.

António Costa falava aos jornalistas à entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS, que aprovará o projecto de programa eleitoral do partido, depois de confrontado com declarações proferidas em Ovar pela ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, em que admitiu que o processo de garantia da sustentabilidade da Segurança Social pode passar por reduções nas atuais pensões, se tal significar uma melhor redistribuição do esforço.


Por seu lado, o líder da bancada parlamentar do PS, Ferro Rodrigues, recusou qualquer acordo com PSD/CDS para cortar pensões. A ministra das Finanças disse também no sábado que este assunto devia ser discutido com a oposição, nomeadamente o PS, depois das legislativas.