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Próximo ano lectivo com forte aposta nos cursos profissionais

04 mai, 2015

É uma nova forma de conciliar a teoria com a prática, entrando mais rapidamente no mercado de trabalho. Estes cursos servem também para uma segunda oportunidade a maiores de 23 anos ou reciclagem de licenciados para novas áreas.

Próximo ano lectivo com forte aposta nos cursos profissionais
O Governo está a analisar cerca de 500 pedidos para cursos técnicos superiores profissionais. A expectativa à volta dos sucessores dos cursos de especialização tecnológica é grande, sobretudo junto dos estudantes interessados em chegar mais depressa ao mercado de trabalho.

O objectivo do Ministério da Educação é aumentar em 10% os alunos no ensino superior, garantindo respostas mais adequadas às necessidades de mão-de-obra qualificada, já que são indicadas pelas próprias empresas.

"A resposta que temos tido das empresas, registada pelos protocolos, é que há estágios para essa malta toda. E até excedentária", explica o secretário de Estado do Ensino Superior.

José Ferreira Gomes mostra-se muito optimista com o sucesso dos cursos técnicos superiores profissionais, que servem também para uma segunda oportunidade a maiores de 23 anos ou reciclagem de licenciados para novas áreas com mais oferta de emprego.

Os cursos técnicos integram quatro semestres e estágio em ambiente de trabalho.

Carlos Rocha, um aluno que já fez dois anos do curso de Marketing na Escola Profissional de Aveiro, esteve esta manhã na Universidade de Aveiro para conhecer a nova oferta formativa superior que será leccionada por politécnicos. Ficou convencido a entrar no curso da sua área de especialização.

"Um curso normal na universidade é essencialmente teórico e depois falta um pouco a prática. As duas coisas complementam-se", diz. "Estes cursos são bons porque têm a teoria, mas acima de tudo apostam na prática. As empresas olham para isso, vêem que a prática está ali, que já estão adaptados ao mercado de trabalho e é mais fácil inseri-los na empresa."

Um estudo apresentado durante a conferência "O trabalho e o emprego em Portugal", organizada pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), concluiu que a oferta das escolas está mesmo desajustada das necessidades que o mercado de trabalho procura?  "Três em cada 10 empresas não encontram quem precisam para as vagas que têm".