27 abr, 2015
O primeiro-ministro espera que a greve na TAP não impeça a privatização da empresa e considera que os pilotos devem pensar nas suas acções, reiterando que o Governo não vai intervir no processo.
Em declarações aos jornalistas, no Museu da Electricidade, em Lisboa, Pedro Passos Coelho disse esperar que a greve dos pilotos da TAP não tenha "o resultado mais indesejado de todos, que era o de nem se conseguir fazer a privatização da TAP nem se poder defender o emprego na TAP e a sua função tão importante para a economia nacional".
Passos Coelho, que falava durante uma iniciativa da Fundação EDP, reiterou que "o Governo não vai interferir nesse processo" e que o recurso à requisição civil está "fora de hipótese".
"Não vamos andar a fazer requisições civis de cada vez que alguém quiser fazer uma greve, não é para isso que existe a requisição civil. Os pilotos devem pensar nisso. Não é o Governo, são os pilotos é que devem pensar nisso. E eu espero que pensem maduramente nisso", declarou o primeiro-ministro.
O Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social (CES) decretou, esta segunda-feira, a realização de serviços mínimos durante o período de greve dos pilotos da TAP.
Serão asseguradas ligações de ida e volta para a Madeira e Açores, bem como para vários destinos internacionais, entre eles Angola, Moçambique, Brasil, França, Reino Unido, Luxemburgo, Bélgica e Suíça.
Os pilotos da TAP marcaram uma greve, entre 1 e 10 de Maio, por considerarem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em Dezembro de 2014, nem um outro, estabelecido em 1999, que lhes dava direito a uma participação no capital da empresa no âmbito da privatização.