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"Temos de redobrar os gestos de solidariedade"

26 abr, 2015

Ninguém pode ficar indiferente à tragédia dos migrantes no Mediterrâneo, diz o Cardeal Patriarca de Lisboa.

"Temos de redobrar os gestos de solidariedade"

É preciso redobrar os gestos de solidariedade. É este o desafio lançado por D. Manuel Clemente sobre a forma de ver a situação dos migrantes que se aventuram no mar Mediterrâneo na expectativa de um futuro melhor.
 
Em declarações este domingo, em Cascais, o Cardeal Patriarca de Lisboa lembrou a iniciativa "somos todos pessoas" de oração e afirmou que é preciso rezar por aqueles que são também irmãos.
 
“Todos temos de ter uma outra solidariedade, porque tratando deles também tratamos de nós. É uma realidade: quando integramos os outros também nos sabemos integrar melhor a nós próprios. É gente que chega aqui com uma enorme dificuldade, vinda às vezes de milhares de quilómetros, com percursos terríveis e também bastante explorados por quem ainda beneficia com o mal dos outros e, por isso, todos nós temos de redobrar em gestos de solidariedade e em atitudes. Esta intenção de rezar por isso significa pôr o nosso coração onde acreditamos que está o coração de Deus, ou seja, no meio de todos e sobretudo daqueles que mais precisam ser acompanhados.”

A iniciativa "Todos somos pessoas" foi lançada por várias organizações portuguesas ligadas à Igreja Católica, entre as quais a Renascença.

D. Manuel Clemente falava à margem de um encontro que juntou, em Cascais, oito mil escuteiros da região de lisboa, que celebravam o dia do seu padroeiro, São Jorge.
 
Para o Cardeal Patriarca de Lisboa, "os escuteiros são a igreja acampada". D. Manuel Clemente destaca a importância da aprendizagem dos escuteiros na preparação para a vida.