Tempo
|

Défice aumenta nos primeiros três meses do ano

24 abr, 2015

Receita fiscal aumentou 5,3%, indicam os dados da execução orçamental.

O défice orçamental agravou-se nos primeiros três meses do ano, apesar de um aumento de 5,3% na cobrança de impostos.

De acordo com a síntese da execução orçamental até Março divulgada esta sexta-feira pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO), as despesas superaram as receitas, resultando num défice de 709,8 milhões de euros.

Trata-se de um saldo negativo que, no universo comparável, representa uma "ligeira deterioração", de quase 40 milhões de euros, face ao período homólogo.

A despesa do Estado aumentou, sobretudo na aquisição de bens e serviços correntes e os juros da dívida. A despesa com pessoal foi também maior. O Governo justifica com a reversão de 20% dos cortes salariais na Função Pública.

No primeiro trimestre do ano, o Estado arrecadou quase 9.000 milhões de euros em impostos, mais 5,3% do que no período homólogo, devido ao aumento dos impostos indirectos.

A receita fiscal líquida acumulada ascendeu a 8.921,8 milhões de euros, o que representa um crescimento de 5,3% face a Março de 2014, uma evolução que "consolida a tendência de crescimento da receita fiscal iniciada em 2013".

Para este desempenho das receitas fiscais contribuiu sobretudo a receita líquida acumulada dos impostos indirectos, que aumentou 9,3%, para os 5.289,6 milhões de euros, destacando-se a receita líquida de IVA, Imposto Sobre Produtos Petrolíferos, do Imposto sobre Veículos, do Imposto sobre o Tabaco e do Imposto Único de Circulação.

Já a receita líquida relativa aos impostos directos até Março deste ano "está em linha com o valor cobrado em igual período de 2014", tendo entrado nos cofres do Estado 3.632,2 milhões de euros em receitas destes impostos, que incluem o IRS e o IRC.