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Sesimbra. Pedreira remete explicações para empresa que preparou explosão

02 abr, 2015

Destruição programada de resíduos não fez vítimas, mas foi ouvida em várias localidades das duas margens do Tejo, até mesmo em Cascais. Quem sofreu danos deve apresentar queixa na GNR, de modo a ser indemnizado.

A administração da Sobrissul remeteu explicações sobre a explosão que ocorreu na quarta-feira à noite na pedreira em Sesimbra para a empresa que preparou a destruição de explosivos, a Maxampor, de Alcochete.

"A Maxampor vai prestar esclarecimentos logo que seja oportuno", disse à agência Lusa uma funcionária da Sobrissul, que se recusou a adiantar mais informações.

Uma destruição programada de resíduos explosivos, realizada numa pedreira, na aldeia de Pedreiras, em Sesimbra, provocou na quarta-feira à noite alarme público nas populações da península de Setúbal e na zona da Grande Lisboa, incluindo Cascais.

O acidente que ocorreu na pedreira da empresa Sobrissul, em Sesimbra, não provocou vítimas e os bombeiros foram desmobilizados às 23h35.

Pessoas com danos devem apresentar queixa à GNR
O presidente da Câmara de Sesimbra, Augusto Pólvora, afirmou à agência Lusa que as pessoas que tenham sofrido danos provocados pela explosão na pedreira devem apresentar queixa na GNR, de modo a serem indemnizadas.

"Tenho conhecimento de pelo menos duas pessoas com relatos de vidros partidos e o que as autoridades dizem é que devem apresentar queixa na GNR para identificar os prejuízos, de modo a serem efectuados os autos e depois se possa sustentar uma possível indemnização", disse à Lusa Augusto Pólvora.

De acordo com Augusto Póvoa, a explosão teve origem na queima de cordão detonante. "A informação que temos do responsável da empresa do material explosivo é que se tratava de material fora de prazo e que foram cumpridas as normas", afirmou.

"O previsto era que ardesse sem explodir. Alguma coisa correu mal e a única razão invocada é que, devido às temperaturas elevadas que se registaram, possa ter acelerado algum processo que fugiu ao controlo", defendeu, referindo que um agente da PSP estava no local a acompanhar a operação.

Segundo o autarca, a operação foi efectuada no fundo da pedreira e não se registaram vítimas.