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Papa evoca vítimas da tragédia dos Alpes

29 mar, 2015

Francisco inicia celebrações da Semana Santa com reflexão sobre a humildade e recorda cristãos perseguidos.

Papa evoca vítimas da tragédia dos Alpes
O Papa Francisco recordou, durante as celebrações do Domingo de Ramos, no Vaticano, as vítimas do acidente com o avião da Germanwings que se despenhou na terça-feira nos Alpes franceses, provocando 150 mortes. O Papa lembrou ainda os "mártires de hoje", os cristãos perseguidos por causa da sua fé, e apelou a que os cristãos sigam o seu exemplo, vivendo esta Semana Santa com humildade.

O Papa Francisco recordou, durante as celebrações do Domingo de Ramos, no Vaticano, as vítimas do acidente com o avião da Germanwings que se despenhou na terça-feira nos Alpes franceses, provocando 150 mortes.

“Confio à protecção de Maria as vítimas do acidente aéreo da última terça-feira, entre os quais havia também um grupo de estudantes alemães”, disse durante a oração do Angelus, este domingo – Dia Mundial da Juventude. O voo partiu de Barcelona em direcção a Düsseldorf e, segundo a investigação, o co-piloto fez embater o Airbus A320 contra as montanhas dos Alpes franceses.

O Papa pediu ainda aos cristãos para que recusem a vaidade e o orgulho. Durante a celebração de Domingo de Ramos, Francisco apelou à humildade e lembrou o exemplo de todos quantos renunciam a si mesmos para estarem ao serviço do outro.

“Há outro caminho, contrário ao caminho de Cristo: o mundanismo. O mundanismo oferece-nos o caminho da vaidade, do orgulho, do sucesso. É o outro caminho”, precisou, na homilia da Missa a que presidiu, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro. Francisco elogiou o exemplo de fé dado por “tantos homens e mulheres que em cada dia, no silêncio e escondidos, renunciam a si mesmos para servir os outros: um familiar doente, um idoso sozinho, uma pessoa deficiente, um sem-abrigo”.

O Papa homenageou ainda as vítimas da intolerância religiosa, numa alusão aos cristãos perseguidos pelos terroristas do Estado Islâmico.

“Pensamos também na humilhação das pessoas que, pela sua conduta fiel ao Evangelho, são discriminadas e pagam na própria pele. E pensamos ainda nos nossos irmãos e irmãs perseguidos porque são cristãos, os mártires de hoje: não renegam Jesus e suportam, com dignidade, insultos e ultrajes”, prosseguiu.
A intervenção apresentou a humildade como o “estilo de Deus e do cristão”.