Emissão Renascença | Ouvir Online

Lubitz recebia tratamento psiquiátrico e queria ficar na história

28 mar, 2015

Revelações são feitas por uma ex-namorada ao jornal alemão "Bild": “Um dia vou fazer algo que vai mudar o sistema e as pessoas vão-se lembrar do meu nome”.

Lubitz recebia tratamento psiquiátrico e queria ficar na história

Uma ex-namorada contou que o co-piloto, suspeito de ter destruído deliberadamente o avião da Germanwings, estava a receber tratamento psiquiátrico e que planeava fazer algo que o fizesse entrar para a história, noticia este sábado o diário “Bild”.
 
O jornal alemão publica uma entrevista com uma mulher que diz ter tido um relacionamento com Andreas Lubitz em 2014.

"Desde que ouvi as notícias do acidente, há uma frase que não me sai da cabeça”, revela a mulher, uma comissária de bordo de 26 anos, a que o periódico alemão nomeia por Maria W. "Um dia vou fazer algo que vai mudar o sistema e as pessoas vão-se lembrar do meu nome”, relembra.

“Não sabia o que é que aquilo queria dizer na altura mas agora parece óbvio”, afirma Maria.

"Ele fê-lo porque ele percebeu que devido aos seus problemas, o grande sonho que tinha de trabalhar para a Lufthansa como piloto e fazer as rotas mais longas, era impossível”, relata a jovem.

A mesma mulher acrescenta ainda que Andreas não falava muito sobre a doença, apenas que estava a “receber tratamento psiquiátrico”.

Maria W. disse ainda ao Bild que falava muito com Andreas sobre o trabalho e que quando o faziam “ele se tornava uma pessoa diferente”.

“Ele estava revoltado com as condições de trabalho: pouco dinheiro, medo de perder o contrato, e muita pressão”.
O porta-voz da Lufthansa não quis comentar.