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"Operação Areeiro". MP só leva quatro detidos ao juiz

05 mar, 2015 • Celso Paiva Sol

Megaoperação contra a corrupção na administração pública envolveu mais de 80 investigadores.

Dos cinco detidos na "Operação Areeiro", contra alegados actos de corrupção na Segurança Social de Lisboa, o Ministério Público (MP) só vai levar quatro ao juiz de instrução.

Ao que a Renascença apurou, um dos técnicos oficiais de contas detido acabou por ser libertado ainda na quarta-feira, dia em que decorreram as mais de 50 buscas em casas, escritórios, empresas de contabilidade e de outros sectores de actividade.

Foi constituído arguido e sujeito a Termo de Identidade e Residência (TIR), mas não passou a noite no estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária. Por isso, não será para já ouvido pelo juiz de instrução.

Assim, são quatro os arguidos que estão desde o início da tarde desta quinta-feira nas instalações do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, onde vão conhecer as medidas de coacção.

No grupo estão dois quadros do Centro Distrital de Lisboa da Segurança Social, um advogado e um técnico oficial de contas.

O grupo é suspeito de vender falsas declarações a dezenas de empresários a atestar que as respectivas empresas não têm dívidas para com a Segurança Social, de modo a que as empresas se possam apresentar de forma fraudulenta a concursos públicos.

Nos próximos dias, é provável que vários empresários - beneficiários deste esquema - venham também a ser constituídos arguidos.