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Assunção Esteves defende “mais realidade, afecto e partilha” na política

04 mar, 2015 • Susana Madureira Martins

Presidente do Parlamento falava numa conferência de líderes descentralizada que decorreu em Loures, no Palácio da Mitra.

Assunção Esteves defende “mais realidade, afecto e partilha” na política

A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, defende que a política precisa de maior ligação à realidade e mais afecto.

Já na recta final da legislatura, a presidente do Parlamento diz que se sente agora mais livre para defender o que pensa, nomeadamente a necessidade de mudança de métodos na política.

“Porque estamos em fim de legislatura, sinto-me já como uma cidadã livre e talvez por isso me sinta ainda melhor nesta perspectiva de quem já vê de fora e está a dar o sinal de quem sentiu por dentro”, começou por dizer.

“Nós temos de mudar os métodos da política, temos de estabelecer afecto, temos que trazer mais realidade, mais partilha, temos de ter um modo de nos relacionarmos, mesmo no funcionamento das instituições, mais próximo, e esse modo mais próximo é sempre possível”, defende Assunção Esteves.

A responsável falava numa conferência de líderes descentralizada que decorreu em Loures, no Palácio da Mitra, para assinalar os cem anos do chamado parlamento do Tojal. Há um século os deputados foram impedidos de entrar no Palácio de São Bento e obrigados a reunir-se fora da Assembleia da República.

Nada mudou muito desde 1915 para cá, concluiu o presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares. “Disse-se aqui que a República vingará, a liberdade triunfará e a legalidade há-de voltar a imperar em Portugal. Nada que não tenha sido dito nos últimos anos por outras palavras na Assembleia da República, e que tem hoje uma plena actualidade aqui num sítio onde há 100 anos se defendia a Constituição contra as leis injustas e que violavam os princípios dessa mesma Constituição", afirmou o autarca de Loures, local escolhido para a conferência.