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Caso Meco. "Dux" da Lusófona não vai a julgamento

04 mar, 2015

Juiz aceitou a tese de acidente e disse não ter visto qualquer indício de crime. Um grupo de universitários foi surpreendido e arrastado por uma onda em Dezembro de 2013. Seis jovens morreram.

Caso Meco. "Dux" da Lusófona não vai a julgamento
Juiz de instrução do Tribunal de Setúbal decidiu que João Gouveia, único sobrevivente da tragédia do Meco, não vai a julgamento no caso em que morreram seis jovens universitários na madrugada de 15 de Dezembro de 2013. O processo vai ser arquivado.

O juiz aceitou a tese de acidente e disse que não viu qualquer indício de crime, sublinhando que os jovens estavam da praia de livre vontade.

O tribunal diz que não se vislumbrou qualquer comportamento tirânico por parte do “dux”.

Durante o mês de Fevereiro, foram chamadas ao tribunal várias testemunhas e peritos do Instituto de Medicina Legal, do Instituto do Mar e da Atmosfera e até especialistas em afogamento. Apresentaram-se teorias e considerações sobre o que terá acontecido na praia do Meco e esclareceram-se questões relacionadas com ligações telefónicas, conversas mantidas pelos jovens naquele dia.

Esgrimiram-se argumentos dos dois lados: o da defesa, que representa as vítimas, e da defesa do único sobrevivente, João Gouveia, que prescindiu de prestar declarações em tribunal durante toda a fase de instrução.

A investigação ao caso terminou com um despacho de arquivamento, referindo "a total inexistência de indícios da prática de qualquer crime". Com esta nova fase processual, os pais das vítimas pretendiam que a justiça apure o que se passou, afinal, naquela noite de Dezembro e que o caso vá a julgamento.

Os familiares dos seis jovens afirmam-se convictos de que a investigação sobre o caso "ficou pela rama" e dizem ter muitas dúvidas quanto à versão contada por João Gouveia, segundo a qual o grupo de universitários terá sido surpreendido e arrastado por uma onda quando se encontravam numa praia do Meco, na madrugada de 15 de Dezembro.