Emissão Renascença | Ouvir Online

Eleições na Madeira são a prioridade do CDS, diz Pires de Lima

02 mar, 2015 • Eunice Lourenço

O ministro da Economia recusou comentar "casos" e diz que tem “enorme honra” em pertencer ao Governo de Passos Coelho.

Sem comentários sobre a actualidade – seja sobre as dívidas de Passos Coelho à Segurança Social, seja sobre a entrevista do primeiro-ministro ao Expresso e a negociação de coligações.

Foi assim a declaração do ministro da Economia no fim da Comissão Política do CDS, que tinha no centro da agenda a análise da situação política.

Pires de Lima participou na Comissão Política como convidado, para dar conta do andamento da economia. E escudou-se nessa condição de convidado para não se pronunciar sobre a continuação da coligação governamental, mais concretamente tomando a forma de aliança pré-eleitoral.

“A única coisa que senti verdadeiramente enquanto dirigente do partido é que o partido está concentrado nas eleições que tem de disputar este mês de Março na Madeira”, afirmou Pires de Lima. As eleições na Madeira estão marcadas para dia 29 e, no arquipélago, os dois partidos da maioria governamental são adversários. O CDS é o segundo partido na Madeira.

Também quando foi questionado pelos jornalistas sobre o caso que está a marcar a actualidade, a falta de cinco anos de pagamentos à Segurança Social por parte de Pedro Passos Coelho, o ministro não quis comentar, mas manifestou a sua fidelidade ao primeiro-ministro.

“Eu tenho uma enorme honra em pertencer a este governo liderado por Pedro Passos Coelho”, afirmou o ministro que entrou para o governo na sequência da crise provocada pela demissão reversível de Paulo Portas.

E também sobre a OPA ao BPI, Pires de Lima não emitiu opinião. “Entendo que o Governo, o Estado, não se deve intrometer naquilo que é uma decisão que corresponde fundamentalmente aos accionistas”, disse o ministro que quis, sobretudo, deixar uma mensagem de optimismo sobre a economia. Pires de Lima salientou que Portugal vive um “crescimento sustentado”, que 2014 foi o melhor ano de sempre de exportações de bens e serviços e concluindo que espera que este crescimento “tenha impacto na vida das pessoas” ao longo deste ano.