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Uma hora chegou. Bruxelas aprova extensão do empréstimo à Grécia

24 fev, 2015

Decisão do Eurogrupo foi tomada em teleconferência. O FMI escreveu uma carta ao presidente do Eurogrupo.

O Eurogrupo aprovou, numa reunião por teleconferência que durou cerca de uma hora, a extensão do programa de assistência à Grécia por quatro meses, anunciou fonte oficial. Os ministros das Finanças da zona euro deram o seu aval à lista de reformas apresentada pela Grécia.

O Eurogrupo apelou, no entanto, a Atenas para adoptar reformas mais abrangentes, em coordenação com as instituições encarregadas de concluir a revisão do atual programa de assistência, agora prolongado até Junho.

"Pedimos à autoridades gregas para desenvolverem e alargarem a lista de medidas de reformas, baseadas no atual acordo, em estreita coordenação com as instituições, de modo a permitir uma conclusão rápida e bem sucedida da revisão" do programa de ajustamento, segundo um comunicado emitido após o final da reunião, por teleconferência, do Eurogrupo.

As medidas, lê-se ainda no comunicado, "deverão ser mais especificadas e avalizadas pelas instituições o mais tardar até ao final de Abril", salientando que - para já - o documento enviado na segunda-feira à noite por Atenas é considerado "um ponto de partida válido para uma conclusão bem-sucedida da revisão" do programa de ajustamento.

Também o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou as medidas apresentadas pelo Governo grego, considerando que "cobrem os tópicos" relevantes, embora tenha destacado que a lista "não é muito específica".

Numa carta enviada pela diretora-geral do FMI ao presidente do Eurogrupo, Christine Lagarde afirmou que a lista elaborada pelas autoridades gregas no fim-de-semana como contrapartida para a extensão por quatro meses do programa de financiamento "cobre os tópicos que devem estar na agenda do novo Governo".

"Por isso, estamos claramente em condições de apoiar a conclusão de que a lista é suficientemente ampla para ser um ponto de partida válido para a conclusão bem-sucedida da revisão, como pedido pelo Eurogrupo na última reunião", escreve a Lagarde na missiva dirigida a Jeroen Dijsselbloem.

O que diz a carta grega que convenceu a Europa?