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Reacções ao acordo do Eurogrupo com a Grécia

20 fev, 2015

Leia o que dizem o ministro grego das Finanças, o comissário europeu, o FMI, o ministro alemão das Finanças, o ministro alemão da Economia e dois partidos nacionais a este acordo.

"A Grécia termina com o memorando e torna-se coautora das suas reformas e do seu destino". Yanis Varoufakis, ministro das Finanças da Grécia

"A Grécia virou uma página hoje. Negociar é lutar sem recuar no mandato que se tem. Mostrámos que a negociação foi possível fazer-se nos últimos anos e que a Grécia não se encontrava isolada nem havia falhado". Fontes do governo grego citadas pela agência Efe

"Este acordo é do interesse não só da Grécia e dos cidadãos gregos, mas também é do interesse da zona euro e dos cidadãos dos países do euro". "Não vai ser fácil, mas acredito que mostrámos esta noite e nos últimos dias que conseguimos chegar a um compromisso comum". Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos Económicos

"O FMI olha para este acordo como um conjunto de fases e prazos para que o trabalho seja feito. Estou muito satisfeita que o trabalho possa realmente avançar". Christine Lagarde, directora-geral do FMI

"Governar é um encontro com a realidade". O acordo "pode ser a base para continuar neste difícil caminho de grandes êxitos para superar a crise de confiança no euro". "Todas as partes podem dizer que se trata de uma decisão correcta", ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble.

"Foi um acordo muito positivo no sentido em que as autoridades Gregas reconhecem que vão pagar completamente, e a seu tempo, as dividas, que era uma das questões também exigidas por Espanha. Em segundo lugar aceita-se que a extensão do programa tem de ser completa, não só aquilo que se falava antes da negociação mas também com as condições que se acordaram com o anterior programa do anterior governo. Sempre fomos construtivos. Afinal houve acordo, ou não ? Houve. E foram cumpridas as condições de Espanha", Luis de Guindos, ministro espanhol da Economia.

"Congratulo-me que, ainda que provisoriamente, tenha prevalecido o bom senso e não a linha suicidária o Governo português tem vindo a defender". "Espero que estes quatro meses permitam a Portugal recolocar-se e não vir a desperdiçar a oportunidade de uma flexibilização de uma política de austeridade e deixar que essa flexibilização seja aplicada exclusivamente à Grécia ou a qualquer outro Estado-membro". António Costa, líder do PS

"O PCP condena a postura do Governo português, que vergonhosamente se afirmou como um dos mais devotos seguidores da ofensiva desencadeada pela União Europeia, visando a imposição da continuação de políticas de retrocesso social e empobrecimento", comunicado do PCP.

[actualizado à 01h30]