Emissão Renascença | Ouvir Online

Juncker diz que troika "pecou contra dignidade" de Portugal. Governo diz que não

19 fev, 2015

Depois das críticas do presidente da Comissão Europeia aos "erros" dos programas de austeridade, o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, garante que "nunca a dignidade de Portugal nem a dos portugueses, foi beliscada" pela troika

Juncker diz que troika "pecou contra dignidade" de Portugal. Governo diz que não
O ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, diz que a posição do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, foi "infeliz" e garante que "nunca a dignidade de Portugal nem a dos portugueses, foi beliscada" pela troika. Juncker afirmou, esta sexta-feira, que a troika "pecou" contra a dignidade dos portugueses, gregos e irlandeses devido à austeridade a que foram obrigados.
O Governo considera "infeliz" a posição do presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, que afirmou que a troika pecou contra a dignidade dos portugueses, gregos e irlandeses devido à austeridade a que foram obrigados.

O presidente da CE acrescentou que é preciso "aprender com os erros".

“Acho que manifestamente é uma declaração muito infeliz do presidente da Comissão, porque nunca a dignidade de Portugal, nem dos portugueses, foi beliscada, quer pela troika, quer por qualquer das suas instituições”, comentou o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes.

O ministro lembrou que a dureza do programa estava relacionada com “a situação extremamente difícil em que o país se encontrava” e que Portugal conseguiu cumprir e ganhar a confiança dos parceiros.

“É conhecido que ao longo do programa Portugal conseguiu, através da confiança e credibilidade que granjeou no seu cumprimento, ir fazendo introduzir correcções e ajustamentos, quer em termos de metas, quer em termos de objectivos que tinham sido mal negociados desde o início”, disse.

“Cumprimos e Portugal conseguiu sair da situação difícil e merecer a confiança dos parceiros europeus para rever esses objectivos e essas metas”, acrescentou Marques Guedes, em declarações no final do Conselho de Ministros desta quinta-feira.