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PCP quer Governo a prestar contas sobre aumento do risco de pobreza

03 fev, 2015 • Susana Madureira Martins

"Dizer que o pico de 2013 é algo do passado não corresponde à verdade e é uma mistificação do Governo", acusa o deputado Jorge Machado. 

O PCP quer agendar um debate de actualidade no Parlamento, para quarta-feira, para discutir os números da pobreza que o primeiro-ministro disse não reflectirem a situação actual.

Os comunistas não se conformam com os dados da pobreza divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes a 2013, nem com as declarações do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que referiu que esses dados não espelham a situação que se vive hoje no país.

O deputado do PCP, Jorge Machado, considera que é preciso confrontar o Governo com os indicadores do INE.

"Estamos a falar de 25,9% da população em risco de pobreza, 2,7 milhões de portugueses que vivem em risco ou em pobreza no nosso país. A pobreza em 2014 e 2015 tenderá a agravar-se porque as medidas que foram tomadas em 2013 continuam na vida dos portugueses e continuam todas as medidas de austeridade que atiraram cada vez mais pessoas para a pobreza", afirma Jorge Machado.

Para o deputado comunista, "dizer que o pico de 2013 é algo do passado não corresponde à verdade e é uma mistificação do Governo para tentar esconder aquilo que são as suas opções políticas".

O debate de actualidade exige a presença do Governo no plenário. Os comunistas querem confrontar o ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, com a situação do país. 

Os comunistas falam de um agravamento da pobreza sem precedentes desde o 25 de Abril e, por isso, exigem a presença do ministro Pedro Mota Soares no Parlamento.