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Certificados de aforro. Último dia com juros acima dos 3%

30 jan, 2015

Embora ainda não seja conhecida a remuneração prevista a partir de 1 de Fevereiro, prevê-se que possa cair para cerca de metade, fixando-se pouco acima dos juros oferecidos pelos bancos.

Esta sexta-feira é o último dia que os portugueses com algum dinheiro de lado têm garantir juros acima dos 3% nos certificados de aforro.

Embora ainda não seja conhecida a remuneração prevista a partir de 1 de Fevereiro, prevê-se que possa cair para cerca de metade, fixando-se pouco acima dos juros oferecidos pelos bancos.

Nos últimos dias, tem sido elevada a procura de certificados de aforro, porque as regras vão mudar com a entrada no novo mês e as vantagens serão menores.

Na leitura do economista João César das Neves, o Estado volta a desinteressar-se por este produto porque as torneiras do Banco Central Europeu (BCE) estão, de novo, a jorrar dinheiro.

“Os certificados de aforro já foram declarados defuntos várias vezes, o Estado está sempre com vontade de os matar. Depois, de repente, como percebe que não tem alternativas, porque os mercados internacionais fecharam-se, vai a correr ,outra vez, promover os certificados de aforro e, agora, pelos vistos, como o BCE já está a meter dinheiro, desinteressa-se deles”, afirma o professor da Universidade Católica à Renascença.

A quem interessará aplicar poupanças em certificados de aforro? João César das Neves diz que a todas as pessoas “interessadas em pôr o dinheiro num sítio onde não lhes dê dores de cabeça”.

“Põe ali, garante aquele valor, nem sequer precisa de ir buscar os juros, porque acumulam automaticamente ao capital, e também têm a certeza que não têm grandes receitas. Eu tenho certificados de aforro”, admite o economista.