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União Europeia prolonga sanções económicas à Rússia

28 jan, 2015

Decisão deve-se à recente escalada de violência entre as forças pró-russas e tropas ucranianas no leste do país. A Rússia nega o envolvimento.

Os ministros da União Europeia decidiram prolongar as sanções económicas à Rússia, por mais seis meses, e pedem à Comissão Europeia para preparar mais uma lista de nomes a quem devem ser aplicadas restrições.

Os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros pediram ainda uma reunião extraordinária para esta quinta-feira, depois dos últimos avanços das forças pró-russas que fizeram 30 mortos no sábado, segundo dados de Kiev.

“No âmbito do deterioramento da situação, o conselho concorda em estender as medidas restritivas que têm como alvo pessoas e entidades que ameaçam a soberania e a integridade territorial da Ucrânia até Setembro de 2015”, lê-se nas conclusões finais reunião a que a agência Reuters teve acesso.

O documento refere-se ao congelamento de bens e à proibição de viagens a vários ucranianos e russos, desde a anexação da Crimeia pela Rússia.

Também esta quarta-feira o Governo da Rússia apresentou um plano para fazer face à crise, que prevê um corte de 10% nos gastos públicos.

No documento, publicado no portal do executivo russo, Moscovo refere que os cortes orçamentais não vão afectar os programas sociais, os gastos na pasta da Defesa ou as subvenções à Agricultura.

No último ano, devido à queda dos preços do petróleo e às sanções económicas impostas à Rússia por causa da crise na Ucrânia, a moeda russa desvalorizou mais de 50% frente ao dólar norte-americano.

De acordo com o último balanço das Nações Unidas, os conflitos entre os separatistas pró-russos e as forças de Kiev, que começaram em Abril do ano passado, já fizeram mais de cinco mil mortos e 11 mil feridos.