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À boleia no mar para descobrir um outro Portugal

28 jan, 2015

“Pela Costa Fora”. Esta é a aventura de Bruno Gaspar que vai percorrer a costa portuguesa em diferentes barcos.

À boleia no mar para descobrir um outro Portugal
Em anos anteriores Bruno Gaspar, de 34 anos, montou uma Macal de 1975 e foi “Pela Estrada Fora” conhecer a Alta Estremadura. Este ano a aventura continua no mar “Pela costa fora”.

"Depois de tantos quilómetros percorridos entre serras e mar, concluí que fazia sentido despertar consciências para a importância do mar nas nossas vidas. Gosto de desenvolver projectos diferentes e, por isso, quero mostrar Portugal visto a partir do mar", revelou o criativo de Leiria à agência Lusa.

A ideia é percorrer Portugal à boleia de diferentes barcos com o objectivo de mostrar o país visto do mar.

“Fascinado por faróis, barcos”, Bruno Gaspar é apaixonado pelo mar “desde os livros de História que descreviam os nossos Descobrimentos”.

“A partir desta viagem, quero gritar bem alto que temos de olhar de frente para o mar, cuidar dele com muito carinho e saber tirar proveito das suas potencialidades para o desenvolvimento de Portugal", acrescentou o aventureiro, que pretende apanhar boleia do máximo de barcos diferentes "Desde barcos privados até aos que estão ao serviço da população, e até em algumas embarcações que deixaram de ser usadas por terem caído no esquecimento".

Bruno Gaspar espera que o projecto, que será depois publicado, revele "as paisagens mais bonitas, as tradições, as histórias de vida que o mar influenciou e todo o património, material e imaterial, que existe por influência do mar".

Até ao Verão, Bruno Gaspar vai passar longas horas no mar mas também muito tempo em terra “a filmar, desenhar e fotografar cada local onde atracar.”

Fazendo o balanço do projecto "Pela Estrada Fora", contou que ganhou amigos e "uma nova visão sobre a vida e sobre Portugal".

"Foi importante aprender a estar sozinho. A viagem `Pela Estrada Fora` permitiu-me conhecer gente maravilhosa, mas também me proporcionou momentos de solidão, quando viajava de localidade para localidade. Foi bom saber ultrapassar dificuldades, para chegar aos destinos. Relembro que era uma motorizada com quase 40 anos. Apurou-me também o gosto pela viagem, que eu já tinha desde pequeno", concluiu.